Decide que quer ser mais ativo e saudável e fazer mais exercício físico. Inscreve-se no ginásio. Mas, ao fim de umas semanas, o pico de motivação inicial desaparece e deixa de lá pôr os pés. Uns meses depois, cansa-se de pagar mensalidade por um serviço que não utiliza, cancela a inscrição e sentencia: “o exercício físico não é para mim”.

Este é um cenário comum a muitas histórias de pessoas que acreditam que precisam de estar inscritas num ginásio para vencer o sedentarismo. No entanto, não tem de ser assim. Quem o defende é a fisiologista do exercício Inês Rodrigues que, em declarações ao Viral, aponta sete conselhos e alternativas para ter um estilo de vida mais ativo e saudável sem ter de entrar num ginásio.

1 – Fazer atividades ao ar livre

A experiência profissional de Inês Rodrigues ensinou-lhe que “muitas pessoas não gostam do ginásio por ser um espaço fechado”. 

Nesses casos, aconselha a fisiologista do exercício, uma boa alternativa passa por “escolher atividades ao ar livre”.

“Hoje em dia, há imensas coisas organizadas nas redes sociais”, lembra.

Pode, por exemplo, inscrever-se numa turma de treinos ao ar livre dados por um fisiologista do exercício ou juntar-se a um grupo de corridas.

2 – Escolher uma modalidade de que goste

Para Inês Rodrigues, escolher uma modalidade que o entusiasme é o primeiro passo para manter a motivação e não desistir de praticar exercício físico.

A fisiologista do exercício nota que, “depois da pandemia, tem havido uma mudança em termos de mentalidade” e que “há muito mais pessoas a experimentar coisas que nunca pensaram experimentar na vida”.

Exemplo disso, refere, é a “febre do padel”, um desporto que tem ganhado praticantes e adeptos nos últimos anos. 

A “natação, a hidroginástica e o pilates” podem também ser boas alternativas ao ginásio convencional. O mais importante é experimentar várias modalidades e escolher a que mais gostar.

3 – Participar em aulas online

Para quem é mais caseiro, tem pouco tempo ou vive numa zona com poucos espaços alternativos ao ginásio, as aulas online podem ser uma ajuda.

Inês Rodrigues lembra que, no auge da pandemia da Covid-19, várias pessoas começaram a treinar em casa. O hábito manteve-se e há, ainda hoje, personal trainers e instrutores de pilates, por exemplo, que continuam a dar aulas (individuais ou de grupo) por videochamada.

4 – Apostar nas caminhadas

Embora não haja um consenso sobre o número de passos que cada pessoa deve dar para se manter em boa forma, uma coisa é certa: andar faz bem.

Por isso, a fisiologista do exercício recomenda “tirar um bocadinho, durante a semana ou ao fim de semana, para fazer caminhadas”.

5 – Trocar o elevador pelas escadas (e deixar de ser refém do carro)

Gestos como “trocar o elevador pelas escadas” e “deixar o carro um pouco mais longe do trabalho e andar mais a pé” podem parecer pequenos, mas, na visão de Inês Rodrigues, “fazem toda a diferença” quando o objetivo é ser mais ativo e menos sedentário.

“O truque é tentarmos não ser sedentários. É sermos ativos e tentarmos mudar o mindset. Se trabalho sentada e ainda vou para o trabalho de carro, não é benéfico para a minha saúde”, sustenta.

6 – Arranjar um parceiro de atividade física

Para quem não gosta de fazer exercício físico sozinho, “arranjar um parceiro de atividade física” é uma boa estratégia para não falhar as metas a que se propõe. 

Tem um amigo ou familiar que também quer ser mais ativo? Convide-o para fazerem uma atividade juntos todos os dias ou todas as semanas, como uma caminhada, uma corrida, uma aula de dança ou outro exercício de que ambos gostem.

“Tudo aquilo que possa ajudar a ter um compromisso é muito importante”, lembra

7 – Contratar um personal trainer

Se tiver condições financeiras para tal, “contratar um personal trainer” também pode ajudar a não desistir de treinar, já que assumiu um “compromisso” com um profissional que está a dedicar tempo para o ajudar a atingir os resultados que pretende.

Ainda assim, defende Inês Rodrigues, o compromisso mais importante a assumir é consigo e com a sua saúde.

Nas palavras da fisiologista do exercício, “independentemente de eu saber que tenho de ir exercitar-me porque está lá o personal trainer à minha espera, também preciso de saber que tenho de ir porque preciso de ir”.

Para Inês Rodrigues, é também essencial “perceber que a atividade física serve para melhorar o bem-estar físico e psicológico” e que não deve “fazer exercício físico apenas focado na questão corporal”.

“O que faz com que, muitas vezes, uma pessoa vá ao ginásio é apenas a questão física e corporal. E é por isso que a pessoa acaba por não se manter por lá, já que a maioria não vê logo resultados”, conclui.